domingo, 21 de julho de 2013

Wesley Peres à queima-roupa



ler?  É muito mais importante, pra mim, do que escrever. Como diz o Borges, a gente lê o que tem vontade, mas só escrevemos o que damos conta.

escrever? Escrevo porque vou morrer. Se nós, humanos, fôssemos imortais, eu não escreveria. Não que eu espere alguma reparação com minha escrita. Não que eu espere algum tipo de superação da morte com a escrita, ou consolo. Apenas que, o fato de ter a morte me espiando de algum ponto no tempo, me faz escrever. Escrevo por isso. Não faz muito sentido, mas é assim comigo.

 ser lido? Já se disse por aí que o que não foi lido não foi escrito. Prefiro ter leitores, mas se não os tiver, escrevo do mesmo jeito.

criticar? Fiz mestrado em letras e foi uma ótima experiência produzir um texto, digamos, crítico sobre a obra de Manoel de Barros. Mas não pretendo mais mexer com isso. Não gosto de escrever crítica. Nem dos livros que gosto.

ser criticado? Como qualquer escritor, presumo, gosto de receber críticas consistentes. Se o cara resolve elogiar ou detonar seu livro, ou elogiar algumas coisas e detonar outras, bem, que demonstre saber o que está fazendo.



Wesley Peres é autor de Água anônima (poesia, Agepel, 2002), Rio revoando (poesia, USP/Com-Arte, 2003), Palimpsestos (poesia, Editora da UFG, 2007), Casa entre vértebras (romance, Record, 2007) e As pequenas mortes (romance, Rocco, 2013).

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