ler? É muito mais importante, pra mim, do que
escrever. Como diz o Borges, a gente lê o que tem vontade, mas só escrevemos o
que damos conta.
escrever? Escrevo porque vou morrer. Se nós, humanos,
fôssemos imortais, eu não escreveria. Não que eu espere alguma reparação com
minha escrita. Não que eu espere algum tipo de superação da morte com a
escrita, ou consolo. Apenas que, o fato de ter a morte me espiando de algum
ponto no tempo, me faz escrever. Escrevo por isso. Não faz muito sentido, mas é
assim comigo.
ser lido? Já se disse por aí que o que não foi lido não
foi escrito. Prefiro ter leitores, mas se não os tiver, escrevo do mesmo
jeito.
criticar? Fiz mestrado em letras e foi uma ótima
experiência produzir um texto, digamos, crítico sobre a obra de Manoel de
Barros. Mas não pretendo mais mexer com isso. Não gosto de escrever crítica.
Nem dos livros que gosto.
ser criticado? Como qualquer escritor, presumo, gosto de
receber críticas consistentes. Se o cara resolve elogiar ou detonar seu
livro, ou elogiar algumas coisas e detonar outras, bem, que demonstre saber o
que está fazendo.
Wesley
Peres é autor de Água anônima (poesia,
Agepel, 2002), Rio revoando (poesia,
USP/Com-Arte, 2003), Palimpsestos (poesia,
Editora da UFG, 2007), Casa entre
vértebras (romance, Record, 2007) e As
pequenas mortes (romance, Rocco, 2013).
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