domingo, 25 de agosto de 2013

Carlos Henrique Schroeder à queima-roupa






Recentemente, li na coluna Variedades do Diário Catarinense, “Tudo vira literatura: as múltiplas facetas de Carlos Henrique Schroeder”.
Fiquei realmente impressionado com o dínamo que é esse escritor e agitador cultural, o Schroeder, a quem tenho a alegria de ter como amigo, ainda que, de momento, virtual. Mas, certamente não faltarão oportunidades de nos conhecermos pessoalmente.
Além de escritor, ele é editor, curador, idealizador e produtor de eventos literários, além de ministrar cursos de escrita criativa.
Schroeder nasceu em Trombudo Central, no Vale do Itajaí e, na contramão do que normalmente se espera da trajetória de quem lida com a literatura, por exemplo, de que é preciso buscar os grandes centros para acontecer, Schroeder apostou e continua apostando todas as suas fichas em Santa Catarina, investindo em eventos literários em diversas cidades do Estado.
Fruto dessa aposta, em Jaraguá do Sul, onde mora atualmente, idealizou e realiza hoje um dos maiores festivais de literatura do Estado.
Diante disso, nem sei consigo imaginar como ele conseguiu descolar um tempinho para responder a algumas perguntinhas que a ele lancei à queima-roupa. Vamos a elas.

Erre: Qual a importância da leitura em sua vida?
Schroeder: Uma respiração artificial. Ler não é apenas um hábito ou um ritual para mim, e pode parecer forçado, mas é quase o sentido da existência. Eu não consigo me imaginar sem meus filhos (serei pai novamente) e sem meus livros.
Erre: O que implica que o ato de escrever é?
Schroeder: Inevitável, é uma necessidade. É muito mais fácil não escrever, mas sou impelido à escrita, é latente.
Erre: Especificamente, o que significa ser lido?
Schroeder: Esta é uma questão em que o escritor não tem poder algum, pois ao escritor só pertence o terreno da escritura, aquele momento entre ele e a tecla. O restante é mercado e marketing, o terreno de outros profissionais, os agentes, editores, distribuidores e livreiros.
Erre: Schroeder, onde cabe a crítica nesse processo?
Schroeder: Escritores são geralmente vaidosos e rancorosos, e quando uma coisa interfere e contamina a outra, a crítica também fica contaminada.
Erre: E, em especial, o que significa ser criticado?
Schroeder: É a regra do jogo. Colocou a obra na rua, ela não te pertence mais, saiba levar as porradas.

As obras de Schroeder e suas atuações, de momento
O Publicitário do Diabo (1998)
As Sepulcrais (1999)
A Ilha de Eros (2000)
Dueto (2001)
Reféns Subliminares (2001)
A Ilha Navegante (2003)
A Rosa Verde (2005)
Ensaio do Vazio (adaptado também para quadrinhos) (2006) As Certezas e as Palavras (2010)
• Idealizador da Feira do Livro de Jaraguá do Sul e do Festival Nacional do Conto
• Editor de livros na Editora da Casa
• Vencedor do Prêmio Clarice Lispector 2010 da Fundação Biblioteca Nacional
• Um dos 21 autores selecionados pela Geração Zero Zero, do crítico Nelson de Oliveira
• Bolsa Funarte de Criação Literária 2010
• Bolsa Petrobrás de Criação Literária 2012
Absolut 2140 (romance coletivo)
Documentais (coletânea de crônicas publicadas no Suplemento Pernambuco)
• Antologia de literatura contemporânea brasileira a ser publicada pela editora da fundacl será homenageado na Feira de Frankfurt.
[imagem: Foto: Charles Guerra / Agencia RBS]

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