No
início do século XVIII, um milionário da prata mexicana, neto de conquistadores
maltrapilhos e aristocratas, há uma geração apenas, deixa a terra natal para
uma temporada de luxos e prazeres em Veneza.
Chegando
à cidade em pleno Carnaval, o Amo e seu criado Filomeno são protagonistas de um
concerto sem precedentes, que reúne os maiores prodígios da Europa barroca, mas
também a música do Velho e do Novo Mundo.
O
escritor cubano, numa narrativa que ele chama de síntese de sua prodigiosa
obra, nos brinda com uma novela com um desfecho apoteótico:
“Mas
agora todos explodiam, acompanhando o trombone de Louis Armstrong, num enérgico
strike-up de deslumbrantes variações
sobre o tema de ‘I can’t give you anything but love, baby’ – novo concerto
barroco ao qual, por inesperado portento, vieram confundir-se, caídas de uma
clarabóia, as horas dadas pelos mouros da Torre do Orologio” (p. 83).
(Trad. Josely Vianna
Baptista) (Companhia das Letras)
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