[b]
[borgeano
> destacar-se da realidade racional costumeira e penetrar numa fantástica,
rigorosa e elegante construção mental, quase sempre labiríntica, impregnada de
referências e alusões livrescas, cuja singularidade não é, todavia, estranha,
porque nela reconhece-se desejos recônditos e verdades íntimas do ser.]
[bovarismo
> ardor para viver a vida resplendente de paixões e de luxo. queimar-se no
fogo de viver tal qual a mariposa quando se aproxima demasiado da chama.]
[k]
[kafkiano
> sentir-se ameaçado, como indivíduo inerme, pelos mecanismos opressores e
destrutivos que tanta dor, tantos abusos e injustiças causam ao mundo moderno:
regimes autoritários, partidos verticais, igrejas intolerantes, burocracias
asfixiantes. Fragilidade e impotência do indivíduo isolado ou de minorias
discriminadas e perseguidas ante as forças onipotentes.]
[o]
[orwelliano
> angústia opressiva e sensação de absurdo extremo diante de totalitarismos.
humanidade submetida ao controle de absolutismos por meio de uma combinação
eficaz de terror e tecnologia. eliminação da liberdade, da espontaneidade e da
igualdade. transformação da sociedade numa colmeia de seres humanos autômatos. depuração
da conotação, da invenção e da matiz subjetiva pelos lugares-comuns em clichês
impessoais.]
[q]
[quixotesto
> o empenho de ver gigantes em vez de moinhos de vento é um modo de
protestar contra as misérias deste mundo e de procurar mudá-lo. a impregnação
do conceito de ideal e idealismo e de sua positividade moral.]
[pierremenardiado
de: em defesa do romance, mario Vargas llosa, piauí, edição 37, outubro de
2009]
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